domingo, 9 de maio de 2010

Saudade

Ás vezes paro pra pensar na saudade. Ou é ela que de vez em quando aparece bem na minha frente. Como alguma foto que eu ainda não tinha visto e que vem me contar uma novidade sobre o que já vivi. E então, em minha memória, faço um álbum bem bonito. E guardo num canto escondido, mas tão escondido, que fico até com medo de um dia procurar e não encontrar. E quando encontro, dói. Mas dói bonito. Porque a saudade só vem de onde vem o amor.


Às vezes eu escrevo poesias.
Poesia é a alma tentando falar o que a boca não consegue.
Hoje eu escrevi esta.


Saudade

No cortejo do tempo maduro
em vão
como o ingênuo ao seguir as fadas
ignorante de si
as mãos atadas que nada podem fazer.
O humano desnudo
a gruta vazia
e o pranto em desatino
desfazendo-se lentamente.
O destino a assoprar memórias
de um futuro como flor em botão
passa-se o tempo a esperar contente
lento, broto e bela flor.
Destino
sábio destino?
que me pregou outra peça
Saudade, todo respiro é ar
E o pássaro voa alegre mesmo sem saber pra onde.

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