terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Um sopro de cultura

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Bom, aí vai mais um "sopro de cultura" para os amigos.
Vamos então às novidades:

Assistam a Cisne Negro. Sensacional!!!
Vi o filme com olhar de profissional, e fiquei fascinada com a maneira ora poética, ora extremamente realista com que a esquizofrenia é desenhada. Confesso que já fui assisti-lo com uma expectativa bastante positiva, pois sou fã de Requiem Para um Sonho, do mesmo diretor, e sei como ele é competente e ousado ao abordar as patologias mentais, seus tormentos e belezas. Denso, bonito e cortante. Opressivo, como disse um amigo que me recomendou o filme.
Enfim, sensacional! Quero comprá-lo para minha coleção.

Assistam também a Bravura Indômita, dos Coen. Muito bom também, uma releitura de um clássico estrelado por John Wayne (que ainda não tive oportunidade de assistir, apesar das recomendações entusiasmadas de meu querido e saudoso avô, fã declarado dos faroestes). As excelentes atuações de Jeff Bridges e Matt Damon, e os diálogos - carregados do humor ácido típico dos Coen - já valem o filme. Confesso que considerei o percurso um pouco monótono, mas talvez porque fui assisti-lo com Onde os Fracos Não Tem Vez e O Grande Lebowski na memória. Ai ai, esse meu apego me desmonta! Rsrsrs
Muito bom, recomendo.

Vamos a Ritual, com Anthony Hopkins. Mais um que aborda, num clima de suspense, as questões da Igreja Católica, seus ritos, as crenças e o ceticismo que envolvem o exorcismo e a religião.
(Então, amigos, como vocês já sabem, envio o 'sopro de cultura' apenas com a intenção de assoprar até vocês as minhas impressões, o meu modo de ver, perceber e sentir as coisas. O meu olhar particular sobre cinema, música e literatura... e não com o objetivo de criticar, pura e simplesmente. Não sou crítica, mas adoro compartilhar com vocês as minhas observações, minhas impressões e, principalmente, minhas emoções. Acho fantástica essa troca).
Rsrsrs Tudo isso pra ter coragem de dizer que um filme, estrelado pelo formidável Anthony Hopkins, é fraco e decepcionante. Ai ai, amigos, me perdoem, mas a única coisa que vale a pena em Ritual é o Anthony Hopkins. Então, recomendo Hannibal Lecter, mas Ritual não! Saudades do Hannibal! Rsrsrs

Agora, O Discurso do Rei. História verídica que trata das questões de auto estima, superação, aceitação e negação das condições humanas, com algum detalhe psicológico. Colin Firth em uma boa atuação, vale a pena. Filme riquíssimo em detalhes, que motiva mil observações. Mas não vale aquela enxurrada de indicações ao Oscar.

127 Horas. Vocês sabem que eu adoro biografias, e por isso decidi assisti-lo. Não deveria ter ido. Rsrsrs
Fraco, muito fraco. Absolutamente desnecessária a cena da amputação, que me lembrou Jogos Mortais, aquela sequência horrorosa de filmes que eu parei de assistir no III porque, dali em diante, até minha esperança de que se tornasse melhor já havia acabado. Enfim, respeito o diretor e considero 127 Horas uma exceção, e admiro muitíssimo a coragem e a história do atleta que inspirou o personagem, mas o filme não é bom.
Ai gente, to me sentindo arrogante, e isso é horrível! Rsrsrs Desculpem, tá??

Na sexta, revi o Rambo I, na TV. Um filme que eu vi ainda menina, e que detestei! Rsrsrs. E hoje, que filmaço! Parece brincadeira, eu sei, mas estou falando sério! O primeiro filme não tem nada a ver com a bobagem das continuações. Trata-se de um filme com substância, com trechos de contestação ao status quo norte-americano. E vocês já sabem que eu adoro rever filmes, reler livros, porque a cada momento, a cada época, eles nos dispertam emoções novas, diferentes das que sentimos das outras vezes... e isso é maravilhoso!
Revejam Rambo I !!!

Agora, um pouquinho de literatura: estou lendo um livro chamado Os Amantes de Estocolmo, de Roberto Ampuero. Estou gostando. Ainda não conhecia o autor, mas é muito bom. É um livro que mescla romance e suspense, tem um texto leve, bom para aquelas horinhas que queremos descansar a mente (no meu caso, depois de horas de literatura técnica, uma calmaria na horinha de dormir é muito bem vinda! Rs). Ainda não terminei, pois estou com pouquíssimo tempo para ler, mas estou recomendando.

E o show da Roberta Sá com o Trio Madeira Brasil na Villa Lobos? Sensacional!
Não só o Trio é sensacional, mas também a dupla de percussionistas que os acompanhava. Fantásticos percussionistas. Que repertório maravilhoso. E que linda voz, ela tem.
Aproveitei para comprar o novo CD dela ao final do show. Muito bom, mesmo. Recomendo.

Muito bom também o violonista (na minha terra a gente fala violeiro rsrs) que abriu o show dela, Henrique (esqueci o sobrenome). Ele fez um arranjo lindíssimo para Luíza, do Tom Jobim, uma das minhas músicas preferidas. Eu me emocionei ao escutá-lo tocar, lindamente. Filho do Reco do Bandolim, só podia dar em boa coisa, né? Rs

Estou escutando também um CD extraordinário, que me foi recomendado por um amigo: Yo-yo Ma tocando Ennio Morricone. Não conhecia, mas estou surpresa. Lindíssimo!

Estou descobrindo também um pouquinho da Rádio Senado, por recomendação de um amigo (vixe, salvei no meu som e não decorei, mas acho que é 91,7). Muito boa mesmo! Música de excelente qualidade e matérias sobre os acontecimentos políticos que são tão importantes para todos nós. Bom, alguns de vocês sabem que eu adoro rádio porque as surpresas que ela nos traz me encantam... A gente tá lá, desavisado, e de repente toca aquela música que lembra aquele momento, aquela pessoa, aquele instante que nos tocou o coração. É sempre uma surpresa boa, uma lembrança boa, uma saudade boa...

Inclusive, vocês conhecem a rádio accuradio? Ela é sensacional: www.accuradio.com
Eu adoro ficar lá fuçando, curiando (como diz nas Minas, uai!) e encontro muita coisa incrível!
Deem uma olhadinha lá.

Bom, vou indo e já me desculpando pelo imenso texto! Acontece que fiquei um tempinho sem enviar o 'sopro' porque tive muito trabalho e muito estudo nesses últimos dias... aí junta informação! Rsrsrs E vocês já sabem que eu me empolgo, né?

Agora aguardo as dicas de vocês! Alguém aí assistiu a Lixo Extraordinário?

Beijos a todos

2 comentários:

  1. Oi linda, agora sei porque não me dedicas o tempo que necessito de ti: porque se entregas ao cinema! Concorrência desleal! Rs
    Adorei as tuas críticas e repito: voce deveria vir trabalhar comigo, então eu teria a alegria de tua presença todos os dias.
    O melhor do show foram os seus olhos brilhando em Luiza. Tom Jobim deveria ter visto isso.
    Beijos meus.
    Rapha

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  2. Oooooo Rapha, obrigada.
    Você é muito carinhoso.
    Realmente, o cinema é uma paixão a qual me entrego com intensidade e prazer.
    Por isso não vou trabalhar com você: porque as minhas paixões, entre elas a escrita, necessitam de espontaneidade, delicadeza, tempo e liberdade.
    Beijo meu.

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